Saudade do inexistente Do sentimento efêmero de amar Da sensação de aconchego próximo ao precipício

Me entregar como se fosse o último dia Como se fosse o último beijo Como se vc existisse fora das minhas confusões orgânicas do organismo

Esse sentimento de falta de algo que nunca existiu Ou sequer vai existir Me cabe a reflexão de que a resposta está sempre em mim Sou eu a pessoa capaz de conduzir

Não passo de uma mera sobrevivente nos ciclos destrutivos de um sistema que nasceu caótico A simples ideia de existir persegue o caos Assim como minha mente o persegue ao longo do dia

É destrutivo, mas ainda assim, o desejo é colocado em jogo como mais uma atitude imposta de forma indireta Acostumados com o sofrimento, damos continuidade ao ciclo, quase que de forma mecânica.

A gente se desprende dos padrões repetitivos e danosos, para nunca mais voltar a estaca de manipulados.